01. EXPERIÊNCIAS VIVIDAS – COMUNGAR

Quando era Gerente Geral na Cimento Itaú do Paraná, teve um dia em que eu estava almoçando fora do horário que a grande maioria dos colaboradores se alimentava.

De repente apareceu o Marcelo Alvir Alves e sentou numa mesa um pouco mais distante de mim. Não havia mais ninguém no refeitório.

Nunca soube qual o motivo, mas imaginei que fosse por algum tipo de vergonha ou pudor. Talvez até para não ser taxado de puxa saco.

Não tive dúvidas e peguei minha bandeja e pedi licença para sentar-me com ele. Tivemos uma conversa muito gostosa e nosso almoço teve um sabor diferenciado.

Passados mais de 30 anos, já nem lembrava mais disso, tive uma nova conversa com o Marcelo e ele me relatou que ficou com muita vergonha quando eu pedi para me sentar com ele, mas também se sentiu muito prestigiado. Foi muito gratificante eu ter ouvido sobre esta lembrança.

Algumas perguntas ficam no ar:

  • Por que as chefias não aproveitam os horários das refeições para se sentar com pessoas que ele nunca teve oportunidade de conversar e é gente como ele, que faz a empresa funcionar?
  • Qual a razão da vergonha de uma pessoa que está num nível hierárquico menor, se afastar das chefias superiores e se isolar numa hora importante para comungar tantos pensamentos e experiências?
  • O mesmo vale para as chefias não comungarem deste momento tão importante, para confraternizarem com seu TIME?
  • Que fazer para que um gesto desse possa ser um hábito e não exceção?

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