Apesar do slogan “fazer mais com menos” remeter ao Taylorismo, vamos sintetizar através de um pequeno exemplo, os inúmeros benefícios que empresas que buscam a Excelência dos Resultados podem atingir explorando correta e adequadamente esse conceito, conscientizando seus times.
Caso analisado: numa mineração, um dos operadores da retroescavadeira “coroava” em excesso a carga dos caminhões “fora de estrada”, visando reduzir o número de ciclos da frente de carregamento ao britador primário. Não percebia quantos problemas ocasionava um procedimento incorreto como esse: a) derramamento do excedente da carga durante o deslocamento; b) risco de acidentes com um daqueles blocos atingindo um veículo que fosse ultrapassá-lo; c) atingir um companheiro de equipe; d) furar pneus com os materiais derramados na estrada; e) reduzir a vida útil dos amortecedores; f) reduzir a vida útil do motor; g) reduzir a vida útil dos pneus; h) necessitar limpezas mais frequentes na pista com o uso de motoniveladora para retirar os materiais derramados e tantos outros transtornos. Parecia que nada convencia esse operador desse turno de que o seu procedimento era prejudicial, mesmo que na sua cabeça, estivesse maximizando os resultados.
Solução simples: foi escolhido o melhor operador de retroescavadeira, que seguia o PO – Procedimento Operacional onde todos haviam sido treinados, fielmente. Ele carregou sua carga e esperou que o operador reticente a proceder corretamente completasse a sua carga. E seguiram para o britador, sendo que o melhor motorista foi na frente. O operador da retro, o instrutor e outro bom motorista foram atrás, anotando o que eles viam de errado. Terminado o ciclo, foram para uma sala de treinamento e o operador de retro com o pior desempenho fez uma pequena exposição do que ele viu de errado e as consequências danosas para todos.
Resultado obtido: ele nunca mais pode ir contra um treinamento que ele mesmo tinha sido o instrutor. Foi tão convincente, que virou o melhor exemplo entre todos os operadores dos dois turnos e um “cobrador” implacável do cumprimento do PO, que ele ajudou a otimizar.
Lauro Volaco – Sócio Diretor do IBC