BATEDOR HUMANO
“A cada pequeno evento que eu lembrar ou for lembrado, vou repartindo esta experiência com você.”
Conversando hoje com meu amigo João Wilson Rodrigues Paes, lembramos uma passagem muito curiosa, acontecida no ano de 1.986. Ele era o chefe de seção da produção na mineração e eu chefe de departamento da manutenção.
Um dia, a “mandíbula” do britador primário da Mina Itaretama, trincou. Deu um trabalho danado para desmontar, transportar até a fábrica para recuperar com solda e depois enviar para o fabricante em Sorocaba, para “normalizar” (alívio de tensões). Até aqui, tudo normal para uma situação de manutenção, mas o nosso estoque de calcário estava reduzindo rapidamente e as nossas tensões, aumentando.
Finalmente chegou a peça recuperada numa sexta feira à noite (houve um atraso no transporte). No sábado pela manhã, nosso time estava a postos, com a disposição de leões para voltar com a produção à normalidade.
Não tínhamos batedor para acompanhar a frente e a traseira da carreta rebaixada. Não tivemos dúvida. O carro batedor foi atrás e o João Wilson e eu fomos correndo na frente da carreta pilotada pelo nosso amigo Wilson Pedro Gutseit, desde a subida do Agenor até a entrada da mina. Haja fôlego e determinação para percorrer 22 km. Funcionamos como verdadeiros BATEDORES HUMANOS! A boa notícia é que não faltou matéria prima na fábrica.
Algumas perguntas ficam no ar:
- Você faria algo semelhante para que sua empresa não tivesse um colapso produtivo?
- Que fazer para que sua dedicação à empresa seja um hábito e não exceção?
- Continuamos amanhã com mais um episódio, também com a participação do João Wilson, agora sobre “estopim”!