ESTOPIM
“A cada pequeno evento que eu lembrar ou for lembrado, vou repartindo esta experiência com você.”
Se o João Wilson Rodrigues Paes e eu fôssemos contar todas as nossas peripécias, iria faltar espaço na “nuvem” para armazená-las.
Solicitei que quando fossem fazer um “desmonte” de grandes proporções, queria ver o mais de perto possível. E assim um belo dia de 1987, prepararam uma frente de detonação de 75.000 toneladas na mina de Itaretama – Rio Branco do Sul – PR e ele me convidou para assistir a detonação.
Não resisti a ser somente um espectador e quis ir com ele buscar o cabo de fogo na hora de acender o estopim. O João Wilson ficou no carro com o motor ligado e pronto para o abandono da área de detonação. Me estimulou a ficar ao lado do cabo de fogo e ver acender o estopim. A recomendação era para não correr para o carro, para evitar uma queda. Assim fiz, mas podem ter certeza, foi um dos dias em que minha adrenalina atingiu o pico máximo.
Matei a curiosidade e a curiosidade QUASE ME MATOU DE MEDO.
Foi uma detonação para nunca mais vai sair de minha memória! Gratidão eterna João Wilson.
Algumas perguntas ficam no ar:
- Seguramente hoje jamais isso aconteceria, mesmo que desse um “carteiraço” em seus colaboradores? Ou ainda tem gente correndo risco desnecessário e cometendo imprudências como eu fiz?
- Que fazer para que atitude similar a essa nunca mais ocorra?
- Amanhã voltaremos com mais um episódio, agora falando do “Dia D”! Venha conosco!