O grego tem duas palavras ligadas ao tempo: Kronos e Kairos.
Kronos: significa que o tempo está relacionado apenas com horários, atrasos, prazos e duração de eventos e atividades.
Kairos: relaciona-se com valores e qualidade no uso do tempo.
Saber como administrar o tempo, como tudo, é questão de autotreinamento e autodisciplina.
Você deve estar se perguntando: por que tanto auto e o que tem de relação com nosso tema?
É simples: gostamos muito mais de tomar a iniciativa do que sermos cobrados por qualquer outra pessoa sobre o mau uso do nosso tempo.
Vamos falar um pouco dos níveis de capacidade do uso do tempo: é a capacidade que temos de usar o tempo com foco na atividade a ser desenvolvida com a máxima eficácia.
Temos vários fatores que influenciam para desperdiçar o nosso tempo, tais como:
- Falta de foco.
- Excesso de e-mail.
- Excesso de tarefas.
- Excesso de papéis.
- Excesso de telefonemas.
- Excesso de reuniões.
- Procrastinar.
- Acomodação.
- Escravização pelo celular.
- Falta de concentração.
- Excesso de telefonemas.
- Excesso de reuniões.
Com tantos fatores nos influenciando reforçamos a necessidade de autotreinamento e autodisciplina.
Um fator muito interessante que muitas vezes absorve o nosso tempo é chamado de “delegação reversa”.
Mas o que é isto?
O conceito é simples: é a delegação de uma atividade para um de nossos subordinados ou dependentes, que passado algum tempo, nos devolve sem completá-la e nós a aceitamos.
Quais os argumentos que normalmente são usados? Falta de tempo, não tem os recursos necessários, não entendeu exatamente o que é preciso ser feito ou ter feito errado.
A pergunta que fica é “como vamos nos livrar desta forma de delegação”?
Aqui seguem algumas sugestões:
- Resista à tentação de pegar a tarefa de volta.
- O procedimento adequado é reforçar a orientação, ainda que leve um pouco mais de tempo.
- Cuidado com o que foi feito errado, pois pode ser um pretexto para se livrar da atividade.
- A prática mostra que não aceitar a devolução e mandar fazer de novo é o procedimento correto.
- Não aceitando de volta a tarefa, raramente volta errado pela segunda vez.
Outro assunto que sempre vem à tona é sobre o consumo de tempo com o uso de telefone.
O telefone é um dos melhores meios de se comunicar no menor espaço de tempo.
Quais são algumas recomendações que poderemos sugerir para que nosso uso do telefone seja eficaz, principalmente em nossas empresas:
- Tenha agenda telefônica atualizada.
- Saiba quem será seu interlocutor.
- Cumprimente.
- Identifique-se.
- Informe empresa e seu cargo.
- Resuma o motivo da ligação.
- Tenha caneta e papel disponível para anotações.
- Seja breve.
- Seja cortês.
- Ao finalizar a ligação, agradeça.
- Utilize a secretária ou secretária eletrônica para triar as ligações.
- Não interrompa assuntos importantes para atender impulsivamente outras ligações telefônicas ou pessoas.
- Reserve períodos do dia para atendimento telefônico.
- Use o telefone fixo preferencialmente ao celular (custo).
- Sua voz deve ser clara, expressiva e natural.
- Mantenha o foco nos assuntos tratados.
- Ouça atentamente.
- Controle suas emoções.
- Seja sereno.
- Seja paciente.
Poderíamos falar de mais uma porção de coisas que tornam nossa administração do tempo ineficaz, mas vamos abordar apenas mais uma. É sobre o retrabalho.
Pense um pouco sobre as últimas atividades que desenvolveu e que precisou refazê-las por erros, esquecimentos, falta de compreensão, falta de conhecimento, falta de atenção, etc.
Está em você evitar retrabalho para você e seu time:
- Esteja treinado, treine seu time e recicle de tempos em tempos.
- Foco e atenção na tarefa.
- Tenha uma lista dos itens que quer abordar.
- Solicite os esclarecimentos que se fizerem necessários e verifique se o que entendeu está correto (feedback).
- Faça certo da primeira vez e sempre.
Esperamos que com o entendimento destes conceitos simples, aplicados na prática do dia-a-dia, possam evitar que neste Natal você seja mais um a dizer que “está numa correria intensa e não tem tempo sobrando para nada”.
Autor: Lauro Volaco Empresa: IBC – Instituto Brasileiro para a Competitividade |